sábado, 6 de dezembro de 2014

Amamentar em público ou não: um debate desnecessário


“Comecei a alimentar, muito discretamente, a minha filha
 quando um empregado apareceu de repente com um enorme
 guardanapo de pano afirmando que eu precisava
 me cobrir com ele por ser uma política do hotel“
Um elegante hotel de Londres gerou polêmica esta semana ao pedir que uma mãe que amamentava o bebê se cobrisse com um guardanapo de pano para não “ofender” outros hóspedes. Quando li a reportagem, vi as fotos dessa mãe chateada no twitter e o comentário de um político britânico apoiando a postura o hotel fiquei pensando como a sociedade mundial caminha cada vez mais para a pequenez.  

As fotos falam tudo. A postura dessa mãe ao amamentar foi completamente discreta. Jamais precisaria desse pano enorme sobre a criança! Eu, por exemplo, não consigo amamentar desse jeito. Sou espalhafatosa. Por isso, sempre me fechava em algum quarto ou canto que pudesse amamentar meu bebê em paz e sem olhos curiosos. Algumas pessoas até achavam estranho o fato de eu não abrir minha blusa e dar de mamar ali no meio dos outros.

Essa imagem da top Gisele conseguindo amamentar enquanto
cuida da beleza é o exemplo da mais pura naturalidade do ato.
A verdade é que eu ainda não aprendi a fazer isso de maneira discreta (vou ter uma nova chance com o nascimento da minha filha). Mas acho complicado mesmo (até usar saia pra mim era difícil. O namorado – hoje marido - estava sempre corrigindo minha postura..rs). Quando ganhei Samuel eu me portava em casa como uma verdadeira índia. O bebê chorava toda hora, não conseguia sugar e eu me desdobrava feito uma louca para que ele conseguisse mamar. Então, a blusa era o que menos me preocupava. Ainda bem que os meus não se importavam e até riam da situação. Por isso, quando estava fora de casa sempre busquei um cantinho para ficar com meu filhote.

Lembro bem que antes de ser mãe e até hoje quando vejo uma mulher em público com os seios bastante à mostra (às vezes os dois), em qualquer local, acho realmente uma forma “no sense” e ostensiva de amamentar. Passou longe de ser o caso dessa hóspede londrina. Cada uma é cada uma. Mas não esqueçamos que os seios, até mais volumosos pelo leite, continuam tendo caráter sexual, de beleza feminina, um ar sedutor, mesmo com um bebê ali se alimentando. Acho que é pedir demais para um homem que olhe para a cena, os seios fartos à mostra, e queira que ele não sinta nada. Podem ter homens que mesmo com a exposição exagerada achem natural, mas é um em cem. Então, um pouquinho de cuidado não custa nada.

Independente de qualquer coisa, a mulher deve poder amamentar em público sim e isso nem deveria ser tema de discussão. Ora, é um ato de amor, de necessidade com um ser tão pequenino que depende completamente de você para se desenvolver, além de ser absolutamente NATURAL. É deprimente ler o bafafá que o simples ato de amamentar de uma mãe tenha causado.

É retrocesso fazer uma mulher se sentir desconfortável de poder amamentar seu bebê que está com fome porque está num lugar público. É maldade, inclusive. Porque já há mulheres que sentem vergonha. Com bom senso, o ato de amamentar é uma das cenas mais bonitas de serem apreciadas por qualquer pessoa e jamais devem deixar de ser vistas com naturalidade.


Reportagem da BBC sobre o fato:

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

As temidas birras... será que começaram pra valer?

1 ano e 8 meses e seu filho era o bebê mais fofo do mundo, obediente, amável, simpático... às vezes dava suas birrinhas, se jogava no chão, chorava de manha, virava-se para bater em alguém, mas isso era coisa vez e outra. De repente, coisa de três dias seu bebê está irreconhecível: irritável, chora por tudo, joga coisas agressivamente no chão e olha para ver sua reação. Nem ele sabe direito o que quer. É como se tudo fosse uma grande guerra. Tomar banho virou uma batalha, dar comida, trocar fralda e qualquer outra atividade que antes era tão tranquila. E aí, a mãe de primeira viagem pensa: será que as birras começaram de vez? O que está acontecendo com meu filho? Lágrimas de desespero começam a rolar...

Não é fácil lidar com uma criança que esperneia o tempo todo, chora, bate e busca machucar os outros ou a si mesma se o desenho que ela gosta acaba, se recebe um não ou se precisa fazer algo que não queira naquele momento. O cansaço físico e mental é grande. Mas dizem por aí: “isso passa, os pais precisam ser firmes, dizer não, mas não devem agredir, não devem se descontrolar, conversar com a criança e explicar o porquê do não ajuda (como assim? Meu filho só tem 1 ano e meio?!), outros dizem, uma palmada às vezes é necessária, deixa a criança fazer a birra dela e se afaste.. outro não, não se afaste, ela pode se sentir abandonada e criar traumas!”.. Céus!!!!

Quando você lê as dezenas de artigos de psicólogos, pediatras e pedagogos sobre o tema você vê como a coisa é complexa. Não existe receita mágica. A gente bem que queria que existisse... Só se sabe que a tal fase das birras surge entre 1 ano e meio e 3 anos e são consideradas parte normal do desenvolvimento e amadurecimento da criança... e a gente fica rezando, pedindo para Deus que nos ilumine, nos dê paciência e sabedoria para saber lidar da melhor forma. Que a gente saiba ensinar a criança os limites que a vida impõe. E entenda que o não é necessário. Faça a birra que faça, não é NÃO.

Ler sobre o tema ajuda. Mas cada mãe, cada pai, cada filho é um. E acho que precisamos muito ter isso em mente para absorver e tentar botar em prática o que você acha que vai funcionar no seu caso. Afinal, ninguém conhece melhor o seu filho do que você mesma.

Separei os 6 melhores artigos que li sobre o tema. Espero que também seja útil para você, pai, mãe, que está tão desesperado com esse novo universo como eu:



quarta-feira, 12 de março de 2014

O pecado do movimento radicalmente feminista com as mulheres-mães

Na pauta da semana da mulher assisti a um documentário muito bacana que passou na GNT. Achei interessante algo dito ali que realmente fez muito sentido pra mim depois que me tornei mãe. O movimento feminista, ao lutar por direitos iguais entre homens e mulheres, foi essencial para nossa evolução hoje, mas só pecou ao ter esquecido que mulheres se tornam mães, e que essas mães têm uma ligação inexplicável com suas proles, uma ligação que pais, por mais participativos que sejam, não conseguem sentir (a preocupação, a culpa, aquela dorzinha no peito quando se afasta do filhote...).

O fato é que o movimento minimizou a situação ao dizer que era normal a mulher deixar o bebezinho numa creche e trabalhar o dia inteiro como um homem, pai de família fazia. O fato é que não se levou em conta o verdadeiro peso que é para a maioria das mães deixar seus bebês em creches integrais, sabendo que grande parte da evolução desse neném será vista por estranhos e não por ela... O primeiro passo, a primeira palavra... e sabe mais o quê.

Mas o fato, na real, é que homens são homens. E mulheres são mulheres. E que cabe a elas, somente a elas, o ato de gestar um bebê por 9 meses, amamentar, ficar alerta pela ocitocina pra qualquer movimento daquele neném...

No documentário, uma jornalista americana famosa contou seu drama quando voltou a trabalhar. Seu filho tinha uns 9 meses, se não me engano, e ela tinha que fazer uma viagem para a África, fazer uma reportagem. Ela conta que quando entrou no avião teve um surto. Chorou sem parar e pensou: não está certo isso que estou fazendo.

É, mulher que vira mãe passa a sentir essa coisa estranha mesmo. Essa ligação forte. Eu quando não era mãe JAMAIS imaginava que o sentimento pelo filho fosse tão absurdo, tão surreal. Mas é coisa de outro mundo mesmo. O tal amor incondicional. (Eu sempre disse e até hoje digo, mulher que vira mãe fica doida. Eu realmente acho isso. Tenho um monte de amigas assim... rsrs... e vocês sabem que penso isso mesmo... eu tento ficar me regulando pra não ser tão neurótica, tão apegada. Acho que minha cabeça ajuda um pouco, mas quis escrever esse assunto aqui exatamente porque eu não tinha noção de como era difícil essa parada da mulher voltar a trabalhar. Felizmente, trabalho para pessoas com cabeças modernas, que entendem que não é necessário o funcionário estar ali todo santo dia, fisicamente sentado numa mesa, se tem a internet, WhatsApp, telefone e tudo o mais que for necessário para se comunicar e conseguir trabalhar de casa. Lógico que nem todas as profissões permitem isso.)

É óbvio que a mulher já provou que é capaz de ser competente tanto ou até mais que os homens (na minha opinião muitaaaasss vezes rsrs.. a mulherada arrebenta). Mas mulher não é homem. Os homens têm características importantes e que em determinados trabalhos são melhores, assim como nós somos melhores em outros... e há aqueles em que o gênero é indiferente, a maioria, na verdade.

De repente parei pra pensar que foi uma maravilha a licença maternidade de 6 meses, mas realmente quando refletimos mais a fundo vemos que é preciso mais do que isso. E digo isso não só pelas mães, mas pelos filhos, principalmente. Pela formação dessas pessoinhas ai que estamos colocando no mundo e deixando que outros eduquem. Por isso defendo que mulher que tem filhos pequenos possa ter o direito de trabalhar meio período. - Mas isso é absurdo! Mulher não quer ser igual a homem? Quem vai querer contratar mulher se for assim? Podem dizer alguns, ou muitos. Mas afinal, a mulher não enfrenta uma outra jornada ao chegar em casa, é ou não é? É justo socialmente a sobrecarga que a mulher carrega nesses tempos modernos? Essa jornada dupla ou tripla? No documentário mulheres falavam que quando voltavam para casa da empresa sentiam que o trabalho não tinha acabado.. E se sentiam cansadas... era a hora do filho ali, depois que ele dormia era a hora da casa.. ou era a hora de atenção para o marido... e a hora da mulher? Cadê?

Eu já cansei de ler matérias e ver exemplos de mães que ficam fora o dia inteiro, a criança fica na creche, quando chega a noite dá piti, faz coisas erradas, e os pais não corrigem porque se sentem culpados: - poxa, ficamos o dia todo fora, e quando estamos com nosso filho nesse tempinho vamos brigar com ele?... faz sentido, mas a situação é bem complexa, porque não há educação real que não venha da família.


E eu me preocupo com esses indivíduos, com essas criaturas que vão crescer, tomar forma, cara, personalidade e um belo dia vão dizer, tchau, tô saindo... e os pais, mães, vão ficar ali.. com aquele sentimento só pra eles, sabendo que essas pessoinhas não imaginam o que uma mãe (ou pai, vai...) é capaz de sentir até se torne um também. É por isso que precisamos ter a mente aberta e refletir, perceber que essa discussão vai muito além do direito feminino, ela é uma discussão social, de homem, de mulher, de pais, mães, empregadores, empregados, jovens... É preciso perceber e pensar na juventude que queremos para o amanhã, nos seres humanos que têm se formado fruto desse modelo atual de creche full time aos 3 meses ou 6 meses de idade...



PS.: Difícil o assunto, não é? Escolhi o título dessa postagem para chamar a atenção mesmo. E antes que alguém diga que sou contra o feminismo, não sou. Aliás, muitos por ai me chamam de feminista... Prefiro não ser rotulada. Quero deixar claro que amo de paixão trabalhar. Sinto-me muito feliz em realizar algum trabalho, seja no jornalismo ou no design de interiores, e não teria o altruísmo de abrir mão totalmente da minha vida profissional para criar, exclusivamente, meu filho. Realmente não acho que isso é preciso. Defendo o meio termo. Nem só o trabalho. Nem só mãe. Sou mãe, mulher, profissional. Sou tudo junto. Não acho que preciso abrir mão de nada.. é só ajeitarem as coisas de forma JUSTA (nada de job o dia inteiro pelo amorrrr) e somos capazes de tudo. Sempre somos.. Mas é claro, também não acho correto quem crucifica uma mulher que abra mão da vida profissional totalmente ou durante alguns anos para se dedicar aos filhos.. aliás, acho lindo! Só não sou capaz.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Afinal, grávidas podem comer sushi? Viajar? Tomar remédio?...

Imagem: http://hmsportugal.wordpress.com
Arrumando minhas gavetas nesta semana encontrei uma folha com várias perguntas que fiz para o obstetra quando eu devia estar com dois para três meses de gravidez. Acho que a primeira lição que aprendi é que devemos sempre levar em consideração também a nossa intuição e o que o nosso corpo diz.
Deixo claro que as respostas abaixo não são exatamente as que recebi desse obstetra em questão à época (pois só acertei no 3º médico), mas com outros obstetras e sites médicos também. Sendo assim, partilho com vocês as informações que julgo terem sido as mais corretas no decorrer desse trajeto da gravidez. Destaco que essa é uma experiência pessoal e jamais deve substituir a avaliação do seu médico de confiança para suas dúvidas ou sintomas.

Grávida pode comer comida japonesa?
Há sites que dizem que não, outros que dizem que sim. Na verdade, depende. A mulher grávida precisa é tomar cuidado com COMIDA CRUA em geral, pois uma doença chamada toxoplasmose, se contraída durante a gravidez, pode afetar a formação do bebê, especialmente no primeiro trimestre. A toxoplasmose você descobre se já teve em um dos mil exames que fazemos no início da gravidez. Se você já teve, beleza. Seu organismo está protegido e você pode comer comida japonesa, entre outras. Se não, como foi o meu caso, deve-se evitar durante toda a gravidez. Minha médica só liberou japonês a partir do 8º mês. Até então quando batia aquela vontade louca eu só comia Hotfiladelphia.  Ah, e não é só de comida japonesa que estou falando. Carnes malpassadas, verduras e legumes crus de procedência duvidosa nem pensar. Além da toxoplasmose, a grávida, ingerindo carne crua, pode adquirir a bactéria salmonela... e apesar de dizerem que não atinge o feto deve-se evitar ao máximo algo que te cause diarreia, vômitos severos e outros males. Afinal, uma grávida internada e fraca não é legal, né...

Sentir cólicas é normal?
Até o terceiro mês sim, pois o seu organismo desconhece aquele corpo estranho e fica tentando lutar contra. Por isso, é muito importante ter repouso e se cuidar nessa fase inicial da gravidez para que dê tudo certo. No meu caso senti cólicas até o 5º mês, mas eu já havia feito duas cirurgias de endometriose, o que certamente gerou aderências que começaram a incomodar quando o útero se expandia cada vez mais. Mas no fim deu tudo certo. Sem pânico.

É verdade que grávida não pode pegar peso?
Sim, é verdade. Nem durante, nem depois de ter o bebê. Esse negócio de ficar fazendo esforço demais pode prejudicar e muito. Durante a gravidez por conta da concepção, como disse sobre o primeiro trimestre acima. Depois, por conta da recuperação correta no pós-parto.

Eu sinto falta de ar... e aí?
Ok, é isso mesmo. O bichinho lá começa a crescer e nisso empurra nossos pulmões... falta fôlego mesmo. Mas claro que cada grávida é um caso. Eu sentia falta de ar bem antes da minha barriga ficar grande, mas mesmo assim o médico disse que estava tudo bem... sobrevivi...

E quanto aos enjoos, o que fazer?
Minha médica passou Vonal de 8/8. É um comprimido de gosto horrível, confesso, mas eficaz.

Viajar, pode?
Se você não está numa gravidez de risco pode sim. As companhias aéreas deixam até a 34ª semana, em geral. Eu perguntei ao médico porque como tive endometriose grave, estava com mais de 30 aninhos... tinha que tomar meus cuidados. Já tinha programado, antes de saber que ficaria grávida, uma viagem internacional que duraria horas no avião. Isso é péssimo porque nossas pernas incham que é uma beleza e há o risco de trombose. O negócio é caminhar vez e outra durante o vôo. Fora as dezenas de vezes que você levanta para fazer xixi... affe... mas vamos lá. No meu caso a médica disse: “se bater perna a manhã toda na rua, descanse a tarde e vice-versa. Não abuse. Tenha bom senso!”.

Se eu ficar cansada, com dor nas pernas, posso tomar relaxante muscular?
DE JEITO NENHUM! E grávida também não pode tomar qualquer tipo de anti-inflamatório!

Grávida pode tomar chá?
Pode, desde que não seja verde e amargo de qualquer natureza.

É verdade que canela é abortivo?
Sim, é. Não coma nada com canela... bolos, chocolates, cafés..etc.

Nos casos de constipação na gravidez, o que fazer?
Tente tudo que é natural... sabe aquelas coisas lá do tempo da vovó? Tomar uma colher de azeite em jejum (erghhh), comer a semente do mamão, frutas com bagaço, tomar mingau de aveia, comer fibra e tomar bastante água... mas se nada disso resolver... um outro obstetra conhecido passou Minilax. Juro que foi o que salvou a pátria no início da gravidez, pois eu já tinha uma dieta boa, rica em fibras e água, mas nada adiantava. Depois do 4º mês meu intestino melhorou naturalmente.

E se eu ficar gripada?
Paracetamol é o medicamento liberado.

Tem algum creme que não devo usar?
Procure um dermatologista. No primeiro trimestre da gravidez há diversas substâncias que podem “passar” para o bebê por meio de cremes e pomadas. Cuidado. Ah, lembre-se de usar SEMPRE e todos os dias protetor solar para evitar ou diminuir a formação daquelas manchas escuras no rosto (melasma).


E a lista de perguntas ao médico chegou ao fim...mania de jornalista de anotar tudo num pedaço de papel. Juro que só não tiro foto das anotações porque minha letra é o "ô". Claro que eu não anotei todas essas perguntas bonitinhas, as palavras-chave bastaram. Espero que possam também ajudar outras gravidinhas. É isso. beijos e força na peruca!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Kit de higiene do bebê: o que realmente é preciso

Já falei lá no DiCasa9va sobre a importância de ter tudo à mão quando for dar banho no bebê ou trocá-lo. Você nunca sabe se ele vai estar tranquilo ou estará fazendo aquele escândalo que qualquer minuto a mais desperdiçado faz diferença. No post O essencial em um quarto pequeno de bebê abordei sobre a decoração e mobiliário essenciais na criação de um projeto de um quarto de bebê. Agora, vamos ver aqui sobre o que você vai precisar ter ao alcance das mãos naquela bandeja que costumam cobrar o olho da cara por ai.

Primeiro, fica muito mais em conta e personalizado se você mesma montar esse kit, ao invés de comprar pronto. Lembre-se de que a garrafinha e os demais potinhos você vai usar mesmo no primeiro mês de vida. No meu caso (que a decoração do quarto do meu bebê era mais colorida e despojada) comprei uma garrafinha térmica branca e bem pequenina na Tok&Stok (ela é super útil até hoje, pois sempre a levo comigo na bolsa do bebê para fazer a mamadeira), uma bandeja amarela de acrílico da OU e um pote quadrado de acrílico transparente com três divisões na Leroy Merlim. Aliás, foi minha melhor aquisição, pois a tampa levanta fácil-fácil. E só para lembrar que esse pote de acrílico não tinha essa função que eu dei a ele. Na loja eu acho que ele era um porta-canetas e cartões-de-visita!

Kit de higiene para o bebê recém-nascido (até 1 mês)
- álcool 75% - para limpar o umbigo do bebê;
- bolinhas de algodão para limpar as partes íntimas do bebê. Durante o primeiro mês os médicos NÃO recomendam utilizar os lenços umedecidos;
- garrafinha térmica com água morna – para molhar o algodão e limpar o bebê;
- cotonete - para secar as orelhinhas, dobrinhas e passar o álcool ao redor do umbigo;
- sugador nasal de borracha – para limpar o nariz de secreções (faço isso sempre depois do banho);
- pomada contra assaduras – recomendo a Bepantol Baby e a Hipoglós de Amêndoa;
- tesourinha específica para bebês, com a ponta arredondada.
- escovinha para cabelo;

Depois do primeiro mês (dizem que oficialmente depois de 28 dias) seu bebê deixa de ser considerado recém-nascido. No meu caso passei a utilizar próximo ao trocador...
- cotonete
- sugador nasal
- pomada contra assaduras
- cortador de unha para bebê (acho bemmm mais fácil que a tesourinha, mas confesso que só tive segurança para usar quando a unha dele começou a ficar mais durinha);
- perfuminho – eu adoro o lavanda da Johnsons.
- lencinhos umedecidos.
- escovinha para cabelo;

Esse é um exemplo simples e funcional de trocador. Eu prefiro por as fraldas
na primeira gaveta da cômoda, mas se o seu espaço é menor o porta-fraldas
ajuda.

Esse exemplo aqui é super fofinho, mas nada funcional. Os potinhos com
algodão e cotonetes estão lá em cima...
Comadre, você vai precisar deles sempre e pertinho de você!


sábado, 10 de agosto de 2013

Deixe ele ser PAI, deixe ele participar

Creio que as mulheres que puderam contar com seus companheiros naquele início tão difícil de botar um bebê no mundo certamente se sentiram mais seguras e igualmente protegidas e, porque não, mais sãs. Sim, porque nos primeiros dias de dar à luz a uma criança a vida da gente vira do avesso. Sentimo-nos vulneráveis, choramos e muitas vezes nos sentimos incapazes de cuidar daquele pequenino. É a chamada melancolia ou blues puerperal (às vezes confundida com a depressão pós-parto que é um grau mais grave).

O pai do meu filhote foi essencial para que eu conseguisse passar de uma forma mais saudável pelas primeiras semanas, que costumam ser as mais críticas do período. Sentia uma felicidade imensurável, mas ao mesmo tempo exausta, insegura e triste. Uma tristeza inexplicável... talvez seja justamente porque sabemos que a partir dali estamos nos despedindo de uma vida previsível, tranquila para entrar numa nova vida. E a mudança sempre gera medo. .talvez a gente se sinta assim exatamente porque não há rotina quando um bebê chega a nossas vidas. É tudo novo. Não temos horários pré-determinados para nada e cada hora é uma surpresa. Isso causa ansiedade e por isso a angústia, mas quanto mais o tempo vai passando e as coisas vão começando a ter uma ordem, rotina, organização.. tudo passa, acredite!

Pois é... o meu conselho de hoje às gravidinhas que em breve terão seus pimpolhos é: peça para seus maridinhos/companheiros/namorados tirarem férias e participarem ativamente dessa nova experiência com vocês. Como disse no post A importância do pai na formação do bebê  a relação do pai com o bebê tem que ser construída, não vem pronta, e por isso ele precisa fazer parte desse processo e perceber sua responsabilidade já no início da criação do filho... aprendendo a dar banho, trocando fralda, dando mamadeira ou botando para arrotar, dormir... enfim, tarefas não faltam e todas elas aproximam aquele ser tão indefeso do pai.

Sei que nós, mulheres-mães, nos colocamos como autossuficientes. E que é irritante para nós quando vemos que o homem não faz as tarefas com o bebê como nós fazemos. (aliás, a gente não entende mesmo porque vocês veem como fazemos as coisas o tempo inteiro e quando é a vez de vocês fazerem as tarefas sempre deixam faltar um pedaço... é o banho que não foi dado, a fralda que demorou a ser trocada, o leite que estava quente demais, a hora do bebê dormir... enfim, acho que também tem uma chatice da nossa parte de querer controlar o universo...rs). Mas o fato é que até isso, essas trapalhadas que falei acima, fazem parte do SER PAI.

Lembro que quando eu tinha uns 8 ou 9 anos de idade, minha mãe teve que viajar para ir ao enterro do meu avô. Era a primeira vez que eu e minhas irmãs ficávamos sozinhas para sermos cuidadas pelo nosso pai e por nossa tia avó. Esse fato ficou gravado na minha memória. Meu pai trabalhava muito quando era criança e nós só o víamos à noite e logo era hora da gente dormir. Então quem criou a gente mesmo durante a infância foi minha mãe, mas claro ela não abriu mão de deixar meu pai fazer o papel dele quando aprontávamos alguma... “eu vou falar com seu pai”... “dá para o seu pai a prova com MI em matemática para ele assinar”... Jesus.. eu tremia nas bases... pois é, mas voltando ao tempo de quando meu pai cuidou da gente por aquele curto período foi engraçado... ele foi colocar um copo de leite com café para eu ir para a escola e caiu aquele pouco de café com leite no copo, pois o café tinha acabado. Ficou aquele leite marrom clarinho... ele não pensou duas vezes e pôs Nescau junto com o café com leite... ficou triste a mistura, eu achei bem estranho, mas eu tomei bravamente, pois tinha que dar um desconto para ele... Também me lembro dele tentando fazer arroz... um terror. Hoje meu pai sabe fazer um almoço bom, um peixe, um churrasco de lamber os dedos... (que bom, né pai! Rs)

Pai é isso! E como é maravilhoso contar com alguém que faz esse papel de pai!

E eis que hoje é o primeiro domingo do Dia dos Pais para o papai do meu filho e eu queria deixar uma mensagem aqui para ele:
"Você sabe a importância que tem e terá na vida do nosso filhote e quero agradecer aqui pelo seu apoio, sua presença na vida desse pequenino e na minha. Peço a Deus que ele tenha a sua inteligência, o seu bom humor, a sua honestidade e a sua sede de aprender, ah, e a sua saúde também. rs

Tenho certeza de que muito em breve, quando ele começar a ter consciência dos nossos papeis na vida dele, terá muito orgulho de ter você como pai. Assim como eu tenho muito orgulho de ser filha do MEU PAI."

E para todos os que tiveram coragem de assumir o papel de pai, mesmo que o filho não seja seu, um.. FELIZ DIA DOS PAIS!!

A importância do pai na formação do bebê

Muitas vezes a gente ouve por ai que mãe é mãe, pai não faz diferença... discordo em gênero, número e grau. Há homens que, infelizmente, abrem mão desse papel na vida de uma criança, mas isso não quer dizer que a figura do pai não é importante. Ser pai, ser mãe, é muito, mas muito mais do que gerar um bebê. É assumir seus respectivos papeis na vida desse filho e criar esse ser humano da melhor forma possível.

Para a maioria das mães a ligação com o filho é imediata, afinal, ela gerou aquele bebê por nove meses e quando ele saiu de dentro dela parece algo inimaginável, como um amor instantâneo e incrivelmente mágico. Para os pais a relação com o bebê precisa ser construída no dia-a-dia até que chegue ao amor incondicional que não é exclusivo da mãe, aliás, não nos esqueçamos de que existem mães e mães, pais e pais...

Segundo o psicanalista Glaucy Abdon, a figura da mãe, importante em todas as linhas de pensamento psicanalítico é, sem dúvida, a figura crucial do processo de humanização do bebê. E é indiscutível que a criança cria o mundo a partir de sua relação com a mãe, sendo fruto de projeções e identificações.

E continua... “A função paterna é, portanto, caracterizada por dar limites, trazer para o filho a noção de lei. Isso se inicia muito cedo, quando o pai impede o bebê de ficar com a mãe em tempo integral, facilitando momentos de ausência da mãe para com o filho. O pai entra num mundo que antes era só da mãe e do bebê; a função paterna é basicamente essa: permitir ao bebê que tenha sua vida própria, independente da mãe.”

Para a psicanálise, tanto freudiana quanto lacaniana, é o pai quem corta o vínculo do filho com a mãe e esse corte é essencial para o amadurecimento desse ser humano.

Na opinião da psicóloga Patrícia Camargo, a representação da figura paterna é fundamental na formação, no desenvolvimento e construção moral, social, emocional e psicológica da criança. “A figura paterna faz parte da estrutura emocional para nos tornarmos pessoas sadias e maduras. A criança que é criada sem referencial masculino pode tornar-se aversivo às ordens dadas por representantes femininos. Porém, isso não quer dizer que crianças criadas somente pela mãe vão ter algum transtorno emocional.”

No caso de mães solteiras ou de pais falecidos ou ausentes a FIGURA do pai pode ser assumida por um avô, um tio, um amigo, um padrinho, um padrasto... O que importa é que essa criança não seja criada sem essa figura masculina.

Então, agora que temos total consciência da nossa importância para a saúde física e mental de nossos filhos, que Deus nos ajude (pais e mães) a abraçar nossos papeis como deve ser, dizendo não quando necessário, impondo limites, dando muito amor, carinho, incentivo a esses pequeninos que logo se tornarão homens e mulheres nesse nosso mundo. E nós, já idosos, poderemos nos orgulhar da criação que proporcionamos àquelas pessoas, que não têm noção do amor que temos por elas, até que um dia resolvam tornarem-se pais e mães e continuarem esse ciclo que faz a terra girar.


Referências


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